quinta-feira, 18 de março de 2010

Eu me encontro na poesia
E me perco na canção
Eu sou sonho..Fantasia..
Eu sou plena de paixão.
Universo ,noite e dia,
Perfume das quatro estações,
Do meu céu a estrela guia
Do meu mundo..ilusões.
Sou viola em serenata
Em noites de lua cheia
Sou princesa,sou duende
Sou pássaro,fada e sereia.
Moro na Terra do Nunca
No templo da inspiração
Onde tudo é utopia
Onde tudo e emoção!!

Regina Xavier


Carrego dentro de mim dois corações...
Um e tufão..o outro calmaria.
Um encara a realidade
O outro vive de poesia.
De um lado vejo as horas
Do outro lado..a amplidão.
Dois lados que se confundem,
Mas fazem da vida..emoção!!

Regina Xavier


Eu me encontro no teu céu
Vou em busca do teu mar
Eu me perco em fantasias
Mas não deixo de te amar...
A solidão me contemplaSe distante de você
A vida perde o sentido
E não encontro prazer...`
Se existem outras vidas
È meu destino estar
Ao seu lado para sempre
Para o amor eternizar...

Regina Xavier


Tarde de chuva
Regina Xavier

Tarde de chuva...batismo da terra
Gotas que caem na face do solo como o orvalho na flor.
O céu estremece..grita o trovão
Raios iluminam o firmamento....cortam o ar
Nuvens cinza se desfazem fecundando a terra


O vento brinca balançando as folhas.
Passeia nos ares ..corre..baila..canta...
E faz exalar o perfume da terra

Gotas na vidraça
O vidro que embaça...
Desenho um coração.

Gosto das tardes molhadas
Das pétalas das flores que encantadas
Revigoram suas matizes
E se abrem para receber o bálsamo do céu.

Lá fora as roupas molhadas
Lá dentro a conversa animada..
os filmes..os abraços e as canções
Vidas em lua de mel

O friozinho gostoso
O leite quente e saboroso
A pipoca...o aconchego...
Corpos que se aquecem
Na penumbra das nuvens
que suavemente se derretem.

Abro a janela,molho as mãos ...passo na face
Como a receber do alto um cálice de vida
Como a brindar com a natureza
A água que suga comovida
E retribui em forma de beleza!!

Chega a noitinha ..a lua se insinua
Depois vem o sol e o milagre continua
Terra lavada...o amanhecer que descortina
Natureza renovada...beleza que ilumina
Dia límpido..brisa no ar


Sou assim...
teimosa e atrevida...
porém...leal e amiga...
pássaro livre e fera indomável...
sou verso e canção...
sou toda emoção...
Tenho em meu sorriso
a mais sincera alegria...
e se lagrimas correm..
faço delas poesia.

Regina Xavier


Momento InSÓlito

Finalmente...a porta do palácio estava aberta.
Entrou...
Meio Cinderela...como se vislumbrasse um templo
Onde não poderiam pisar os seus pés profanos
Olhou quadros,fotos,paredes,cada vitral...
Deslumbrada e encantada,
Pelo universo que não conhecia,
Admirou cada vulto...
Cada marca de uma realidade que não lhe pertencia
Seu mundo era lá fora,
Às margens do irreal,
No paraíso da Terra do Nunca.
Onde não havia fronteiras
E todos eram iguais.
Empolgada com tanta beleza
Entre os cristais e riquezas que ali havia
Não tinha noção de que não poderia
Fazer parte daquele mundo mais que um dia.
Olhou o relógio na parede...
Deixou-se perceber ... Embriagou-se de alegria
Sem saber que a magia seria censurada
Pelo badalar das horas que a noite anunciava
Ah,Cinderela...por que não vieste como Sininho
Voando pequena como uma borboleta
Que,por sua liberdade, não se deixa notar?
Sairias pela janela,sem sequer ser percebida
E voltarias na magia de outra tarde de outono.
E ,quem sabe,com sua varinha de condão,
Se transformasse em princesa,
Ou na fumaça do incenso, num instante volátil,
Ou até, quem sabe, em um castiçal que merecesse estar ali
E ser brindado com uma vela perfumada
No templo onde seus pés profanaram?

Regina Xavier


Despedida

Estou de partida.
Despindo-me e despedindo-me
De tudo que se foi.
Das primaveras vividas,
De tantas flores colhidas,
Cores e sabores...
Partes fragmentadas
De muitas estações.
Então me despeço
Do amor solitário,
Da lua,estrelas
Do mundo imaginário,
Dos versos,canções,
Desta dor latente
Que queima e que sangra
Deste mundo demente
Que é só ilusão.
Deixo no caminho a poesia
Os versos que amei
Os rastros de passos incertos
E a vida que idealizei
Não tenho passagem de volta
È longa minha viagem
Por isso não levo lembranças
Nem sonhos em minha bagagem.
O meu rumo é incerto
Meu caminho..só deserto
Viajo em busca de mim.

Regina Xavier


Quando chegas,
é como se trouxesses junto a primavera
E se as flores não se abrem,
A ti bastam as minhas estações
Quando vens,
Carregas contigo o calor do verão em pleno inverno...
E quando partes
Levas sempre sementes do que fui
Para que aguardes com ansiedade
As manhãs que ainda não chegaram.
Regina xavier


DUETO
Que eu perca meu caminho,mas encontre na poesia
Fugidios sonhos que se apartaram com o tempo
Verso latente que nos olhos irradia
Restos estilhaçados de um doce sentimento.

Contemplo vitrais na catedral de sua alma
Ouço notas de uma música composta em latim
Ou talvez ouça de tua boca a prece calma
Que se esgota ao cheiro orvalhado de jasmim.

Em diáfanos versos de infinita sutileza
Meu poema solto ao vento se transforma
Em flores cálidas de raríssima beleza.

E de outros versos não busco a forma
De ti sinto saudades...perco minhas certezas
Porque todo poeta tem lá suas tristezas.

Regina Xavier

Oswaldo Antônio Begiato


Sussurros da noite

Quando da noite o silêncio
ouvia versos estrelados
jogava no céu o seu manto
de amores revelados
Tinha cavalo alazão
Que a princesa raptava
o corpo em erupção
até a lua chegava
Tinha capela,sorrisos
Um rancho e fatos hilários
Sabores e sonhos dispersos
Em um encontro imaginário
A melodia ao longe
Chegava com som etéreo
Mas não desfazia o encanto
Nem o prazer do mistério
O sussurro,a gargalhada
Safiras na noite estrelada
E carmim nos lábios meus
Chega o dia e me componho
Entrego-me em lindo sonho
Como Eurídice e orfeu.

Regina xavier


Incansável procura

Eu te busquei em muitas faces
Nas noites serenas de luar
Te procurei no sorriso
Fui á lua te buscar
Procurei na madrugada
nos cantos do trovador
Procurei pelos caminhos
E pelos campos em flor.
Perguntei para a estrela
se no céu te encontrou
indaguei a poesia,
interpelei o amor
Em caminhos descobertos
Nas areias do deserto
No fundo do oceanoe também em mar aberto
Nas entrelinhas dos versos
Nas palavras,no reverso
No amor e no encanto
Mas te encontrei docemente
Nas lágrimas que de repente
Inundavam o meu pranto.

Regina Xavier


Ela entregou os seus sonhos ao mar
Na bruma leve que a tudo consumia
E as pedras que rolaram com seus sonhos
Em ondas revoltas levou a utopia
Mas parou na linha do horizonte
Onde com doçura o céu beija o mar
E sentiu que a amplidão é infinita
Como o forte desejo de amar

Regina Xavier


Deserto...Miragem...oásis...
Caminhos que se cruzam
E se dissipam nas areias do tempo
Esperança que renasce
Vidas que se entrelaçam
Como canções que se perdem no ar
Chegam bem de mansinho
Entram sem permissão
E se alojam suavemente
Nos jardins secretos da alma
Onde a ninguém foi permitido penetrar.

Regina Xavier


Muito além do horizonte

Meu planeta tem mil cores
Tem magia ...tem sabores
Reinvento entre versos
A beleza do universo.
Em oceano de estrelas
É um lugar transcendental
Onde navego tranquila
No espaço sideral.
Vivo e revivo memórias
De coisas que conquistei
E escrevo a minha história
Nos ollhos de quem amei.
É um paraíso secreto
Fruto da imaginaçao
Mas voa livre no espaço
Nos sonhos...na amplidão.

Regina Xavier


A vida é uma pequena arena
De lutas ,de sonhos ,de cenas...
Um lugar de fantasia
Irreal utopia
No jardim reina a alegria
As ilusões,as fantasias,
O dia, a noite, o sol e a lua
O sonho morre
A luta continua
No banco de honra vê-se a sociedade
Insana...cruel debilidade
O veneno que sufoca as flores
Que colorem a luta pela vida
O suor mancha a face dos fracassados
Que se entregam ao cansaço
E deixam de vencer
E vencidos...esquecem de viver
De amar ,de sonharDe sorrir e de chorar
Ficam alienados...perdidos ,chocados
Entregam-se sofrendo
Sem saber que por dentro estão morrendo.

Regina xavier

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